Facebook detalha plano de ação para inibir interferências em eleições

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Facebook detalha plano de ação para inibir interferências em eleições

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Eleições: Empresa afirma que está concentrando esforços em minimizar influência externa, remover contas falsas, tornar anúncios mais transparentes e reduzir o alcance das notícias falsas na rede social.

BRASÍLIA – Em meio às suspeitas de violação da privacidade de milhões de usuários, o Facebook realizou uma teleconferência nesta quinta-feira (29) em que foi detalhado um plano de medidas para reforçar o compromisso da empresa com a integridade das próximas eleições no mundo inteiro, com atenção especial para o combate à disseminação de notícias falsas na internet (fake news) e a implantação de uma política mais transparente de divulgação de anúncios políticos. O Estado foi o único veículo brasileiro que acompanhou a conversa de executivos da empresa com repórteres da imprensa mundial.

“As pessoas querem informações precisas no Facebook, e nós também”, disse a gerente de produto do feed de notícias do Facebook, Tessa Lyons-Laing, que destacou a parceria com agências de checagem, tanto para notícias quanto para fotos e vídeos postados na rede social.

“Nós sabemos que sempre estaremos atrás, mas queremos reduzir a distribuição (de notícias falsas) e impedi-las de atingir uma audiência ainda maior”, completou.

As medidas detalhadas pelo Facebook giram em torno de quatro eixos: combate a interferências externas; o aumento da transparência de anúncios de cunho político; a remoção de canais falsos de notícias; e a redução da disseminação de fake news. Segundo os executivos, os grupos por trás da disseminação de notícias falsas geralmente têm interesses financeiros.

O plano de ação do Facebook envolve parceria com agências de checagem, medidas para tornar mais transparentes os anúncios políticos nos Estados Unidos (que terão de informar quais os candidatos que estão financiando e comunicar à empresa um endereço físico), a remoção de contas falsas e o aumento da equipe de profissionais dedicados a impedir tentativas de interferência e manipulação na rede social, de 10 mil para 20 mil.

“Estamos removendo contas falsas que violam nossas políticas e muitas vezes são usadas para disseminar notícias falsas, e cooperando com autoridades eleitorais sobre temas relacionados à segurança online, inclusive no Brasil. Também estamos trabalhando com agências de checagem e especialistas para ajudar as pessoas a tomar decisões mais informadas sobre o conteúdo que consomem na internet e fora dela”, disse o gerente de comunicação do Facebook, Tom Reynolds.

Regulação. O Facebook também atua com uma ferramenta que permite à companhia de forma pró-ativa encontrar contas suspeitas que violem os padrões da empresa, de maneira que sejam removidas antes que produzam conteúdo viral. Segundo a empresa, o objetivo é aumentar os esforços no sentido de transformar a rede social mais transparente, sem ter esperar por qualquer regulação específica.

“O que aconteceu com a Cambridge Analytica representa uma violação da confiança do público”, afirmou Reynolds.

A Cambridge Analytica entrou na mira de autoridades nos Estados Unidos e na Europa, sob a acusação de que obteve, de forma ilícita, dados pessoais de milhões de usuários do Facebook, o que teria ajudado na elaboração de estratégias de marketing digital que impulsionaram a campanha de Trump à Casa Branca e o referendo que decidiu pela separação do Reino Unido da União Europeia.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, pretende conversar com o representante da empresa no Brasil para saber mais detalhes de sua atuação por aqui.

Fonte: Estadão

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